As Construção é um dos principais segmentos afetados pelo “apagão da mão de obra” no Brasil. Há vagas de trabalho, mas falta profissional qualificado. As novas gerações também estão preferindo profissões ligadas à tecnologia, como a de motorista de aplicativo.
Estudos têm demonstrado o tamanho do problema. O Centro das Indústrias do Estado (Ciesp) apurou que metade das indústrias da Região Metropolitana de Campinas veem desafios no preenchimento das vagas, principalmente de pintor e serralheiro.
Levantamento feito no último trimestre de 2024 pelo SINCAF com as associadas apontou cerca de 1.500 vagas não-preenchidas em Limeira.
O SINCAF pediu ao governo federal ações de qualificação profissional na região. Recorde essa postagem aqui.
A questão passa também pelos programas sociais do governo, como o Bolsa Família. Parte dos trabalhadores opta pela informalidade para evitar perder o acesso a esses programas.
Ainda em nível nacional, um estudo recente da Fundação Getúlio Vargas mostrou que 82% das vivenciam o “apagão”. 21% dessas empresas avaliam que vão atrasar a entrega das obras e 18% dizem que repassarão ao cliente os custos gerados pelo cenário.
Alternativas ao apagão
As ações tomadas para aumentar a ocupação das vagas devem passar por medidas como:
<1> Treinamento interno – profissionais experientes instruem os colaboradores com menos tempo de casa.
<2> Buscar auxílio das fornecedoras de materiais e insumos – algumas das marcas do setor realizam ações de capacitação, como forma de qualificação e divulgação da marca.
<3> Programas de indicação – profissionais da empresa podem indicar amigos e familiares que atuam na área.
<4> Fazer uma busca nos currículos guardados – o banco de dados da própria empresa pode ser uma boa alternativa nesse processo.
< 5> Adoção de tecnologia – em parte dos casos, a dificuldade está no formato do trabalho, e não nas tarefas. Conectar os profissionais aos aplicativos que facilitam o cotidiano e às ferramentas de Inteligência Artificial é uma alternativa.
< 6> Retenção de talentos – a empresa deve reavaliar, periodicamente, suas práticas desenvolvidas junto aos colaboradores. Um olhar para os benefícios, por exemplo, contribui nesse tipo de ação.
