O empresário da construção deve ficar atento aos custos do negócio. Depois de um período de altas fortes nos produtos usados nas obras, há uma fase de recuo. Porém, o acumulado desde o início da pandemia ainda é bastante amargo para o setor.  

Ao mesmo tempo, os valores reservados para mão de obra e serviços têm se ampliado, o que exige um olhar cuidadoso sobre as finanças da empresa. Esse cenário requer ainda melhor comunicação, visto que parte das elevações ocorre em áreas que não são notadas pelos clientes.

O SINCAF tem acompanhado esse cenário. “Através da troca de informações entre os associados pode-se reduzir custos”, diz o presidente Renato Maluf. “Com a participação de todos, o SINCAF pode obter bons resultados, seja no preço das mercadorias, seja nos impostos que recaem na cadeia produtiva”.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) aumentou 0,21% em fevereiro desse ano. Em janeiro, havia ficado em 0,32%. O INCC-M acumula alta de 8,76% em 12 meses. Em fevereiro do ano passado, o índice anual atingiu 13,04%.

O estudo da FGV apontou que, no mês passado, chamaram atenção os recuos nos custos de:

. vergalhões e arames de aço ao carbono (-2,01%);

. condutores elétricos (-1,76%);

. cimento Portland comum (-0,48%);

. massa de concreto (-0,26%);

. e madeiras para telhado (-0,46%).

Produtos que mais subiram

Desde o segundo semestre do ano passado, materiais e equipamentos registram variações mais modestas que da época da pandemia. Porém, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reforça que o custo da construção continua em patamar elevado. Entre julho de 2020 e janeiro de 2023, o INCC/FGV já aumentou 33,73%, e o custo com materiais e equipamentos, nesse mesmo período, saltou 52,32%.

A FGV apontou os produtos que apresentaram elevação significativa nos últimos 12 meses. A lista inclui:

. minerais não-metálicos, como areia, cascalho, brita e ardósia;

. material para pintura;

. e revestimentos, louças e pisos.