Construção será importante na retomada, diz Renato em artigo
O setor de construção será importante na retomada da economia, em razão das condições econômicas – há uma busca dos investidores por imóveis.
Porém, há situações que precisam de revisão para que esse crescimento seja sustentável, como os seguidos aumentos de preços dos insumos usados nas obras.
A opinião é do presidente do SINCAF, Renato H. Maluf, em artigo para o jornal A Tribuna de Limeira. O texto foi publicado na edição do dia 7 de agosto.
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Os desafios de contribuir com a retomada
As empresas do setor de Construção colecionam desafios ao longo dos últimos anos. Nos meses mais recentes, a lista se ampliou, diante de um cenário que une situações antagônicas, como empreendimentos imobiliários aquecidos, pressões nos custos das empresas e a retomada da economia no pós-pandemia.
Após vários meses de negociações, conseguimos chegar a acordos com o Siticecom, e foram definidas as novas Convenções Coletivas para sete dos oito setores por nós representados em Limeira. O segmento de Madeira e Mobiliário terá a pauta analisada nos próximos dias.
Nesse sentido, gostaria de agradecer aos empresários da construção e gestores que nos apoiaram nessas tratativas. Toda e qualquer questão avaliada junto aos trabalhadores buscou também considerar o cenário em que estamos vivendo.
A forma respeitosa como a negociação ocorreu nos levar a saudar o Siticecom, por compreender o contexto em que vivemos.
Nosso setor registra uma alta no número de empreendimentos imobiliários. A baixa remuneração no mercado financeiro impulsiona parte desse salto, ao lado da solidez que é investir num imóvel.
Porem, há muitas pressões. A principal delas vem dos constantes aumentos de preços nos insumos da construção, como aço, fiação e cimento, entre outros. Há itens que mais que dobraram de preço em um ano.
Raramente, o mundo se viu numa crise global de saúde com reflexos na economia e na política como essa causada pela Covid-19. Percebe-se que está mudando a trajetória da humanidade. Situações que pareciam tendências de longo tempo foram aceleradas e talvez se tornem irreversíveis como o home office, as reuniões e assembleias virtuais bem como audiências.
Trabalhos antes presenciais se tornaram remotos gerando economia em transportes, vestuário e até alimentação com mudanças radicais nos hábitos cotidianos.
Toda situação de tragédia como foram as grandes guerras e agora essa pandemia obriga a se acelerar pesquisas e novos procedimentos na saúde. Haveremos de aprender com essa situação e sairemos fortalecidos após sua passagem com novos procedimentos para resguardo individual e coletivo.
Há de se lamentar as milhares de mortes ocorridas, e ao mesmo tempo agradecemos os profissionais da saúde que não medem esforços em seu trabalho.
Renato Hachich Maluf
Engenheiro e Presidente do Sindicato Patronal das Indústrias da Construção de Limeira (SINCAF)