Estiagem e tarifa mais cara: 5 dicas para economizar água na obra
As empresas e indústrias da área da Construção têm um novo desafio em Limeira, diante do uso da água nas obras e linha de produção. A cidade se localiza em uma região bastante afetada pela estiagem.
Ao mesmo tempo, a Agência Reguladora ARES-PCJ aprovou um aumento de 6,24% nas tarifas de água e esgoto cobradas pela BRK Ambiental. Os novos valores valem a partir de setembro, com o metro cúbico indo de R$ 7,02 para R$ 7,46.
O risco da escassez está presente. Perto de 70% do planeta é formado por água. Mas somente 3% é doce e menos de 1% está disponível para consumo.
Por segmentos, o agronegócio e a indústria são os maiores consumidores. Estudos globais apontam que a construção usa 21% da água tratada do planeta, em média.
E, por isso, esse uso precisa ser monitorado. Basta citar que um metro cúbico de concreto contém de 160 a 200 litros de água.
O acompanhamento envolve até mesmo as atividades de gestão, como os escritórios das empresas. Veja algumas dicas.
- Evite usar a mangueira
Utilizar baldes, sempre que possível, é uma atitude que ajuda na economia de água. Por sua praticidade, a mangueira gera um comportamento que, em parte dos casos, impulsiona o desperdício.
- Água da chuva e de reuso: boas alternativas
Coletores, canos e filtros podem ser empregados na captação de água da chuva. A medida representa economia nos insumos, mas também incentivo à sustentabilidade.
No caso do reuso, aí já precisa de um projeto mais elaborado, que inclua sistema de captação e tratamento da água que vem de lavatórios, chuveiros e máquinas de lavar roupa. Porém, se adotado, traz ótimos resultados.
- Adote torneiras e outros materiais com redutores
Nos canteiros e mesmo no escritório da empresa, instale torneiras com redutores de vazão. O consumo controlado também vale para os chuveiros, bacias e mictórios utilizados.
Estudos mostram que a medida é eficaz até mesmo no comportamento das pessoas. Quem desperta para o uso racional na empresa, por exemplo, repete a prática em casa, no clube, na escola, entre outros locais.
- Caminhão-pipa e poços na “economia fake”
O monitoramento das práticas na obra precisa ser assertivo. Há empresas que adotaram o acompanhamento dos números do hidrômetro, mas que se socorreram do abastecimento feito por caminhão-pipa ou poços.
Aí não vale!
- Vazamentos e gambiarras: fique de olho!
Deixar de corrigir um vazamento constatado representa outra prática de desleixo com a água.
Também precisamos ficar atentos às famosas gambiarras. Uma delas é o emprego de mangueiras emprestadas dos vizinhos, que muitas vezes apresentam condições precárias.