Febre maculosa: os cuidados com uma doença de difícil diagnóstico
A ocorrência de casos de febre maculosa na região chama a atenção. Esse ano, Limeira teve uma morte em razão da doença. A Secretaria da Saúde da cidade alerta a população, por ser uma doença de difícil diagnóstico.
De forma geral, trabalhadores da área da Construção devem seguir os mesmos cuidados que a população em geral. Também é importante manter o alerta em casa e nas áreas de lazer.
Nos últimos dias, circulou nas redes sociais um documento da Secretaria, apontando locais de Limeira com a presença do carrapato-estrela, que carrega a bactéria transmissora da doença. Segundo a Assessoria de Imprensa da prefeitura, o documento de caráter interno foi passado para as equipes médicas e de enfermagem da cidade.
“São somente as áreas nas quais já foram feitas pesquisas e têm a presença do carrapato-estrela, mas não significa que eles estejam contaminados. Essas áreas são monitoradas e tem uma atenção especial de nossas equipes técnicas. Isso serve apenas para melhorar a visão dos profissionais para suspeitar da febre maculosa e dar o atendimento mais adequado. Sua validade era até 30 de junho”, diz a nota.
O documento cita os seguintes pontos:
. Horto Florestal (áreas de lazer em geral);
. Lagoa do Bortolan (perto do hospital Humanitária, em área cercada pelo alambrado);
. Parque Ecológico do Jardim do Lago (área de lazer);
. Rodovia Limeira-Iracemápolis, próximo da Cachoeira da Água Suja;
. Campo de futebol do parque Abílio Pedro (cercado pela avenida Vitório Bortolan, rua Doutor Mário Camargo Aranha e rua Santina Santucci Quadros);
. Bairro Nossa Senhora das Dores (avenida Frei Ary Levy Sobrinho, avenida Frei das Mercês, canteiros e praças);
. Bairro da Geada (ruas que margeiam as áreas verdes e pastos);
. Área da Festa de Rodeio (área de mata e pastos nas proximidades);
. Jardim Limeirânea (rua Abílio Pedro, áreas verdes e de mata ciliar);
. e áreas rurais em geral (particulares e públicas).
Ainda segundo a secretaria, “essas e todas áreas com mata verde diversas, com gramado, pasto, além de mata verde fechada, merecem atenção, principalmente se forem próximos de rios, lagos e córregos e frequentados por cavalos, capivaras ou outros animais silvestres”. A lista inclui cães e gambás.
Situação de alerta
Também de acordo com a secretaria, “a situação em Limeira não é motivo de pânico, mas sim de alerta e prevenção no sentido que a população que frequentar esses locais se atente para ocorrências no corpo e, principalmente, se contrair febre em 15 dias. Nesse caso, é recomendável procurar um médico”.
Em 2023, Limeira apresentou 35 casos notificados e apenas uma confirmação. Houve uma morte. No estado, as regiões de Campinas e Piracicaba são pontos de risco.
Segundo o Instituto Butantan, a doença não é comum, mas esbarra na rápida evolução – o índice de mortalidade pode ultrapassar 60%. Os sintomas são febre, dor de cabeça e dor no corpo, e devem ser tratados no início.
Por parecer com uma gripe ou dengue, o diagnóstico é difícil. As primeiras erupções na pele, feitas por micuins (carrapatos imaturos), indicam evolução da doença.
Materiais para sua informação
A Secretaria da Saúde de Limeira divulgou um material informativo.
Já a cartilha “Protocolo de Priorização de Áreas para Prevenir a Ocorrência da Febre Maculosa Brasileira” foi editada pela Esalq, com apoio da Faculdade de Medicina Veterinária da USP e Prefeitura de Piracicaba. Gratuito, o material lista ações de baixo custo.
A publicação pode ser baixada no site da Editora Fealq. Clique aqui.